31 de março de 2008

democracia.

não é novidade pra ninguém que, de um tempo pra cá, o acesso à tecnologia se difundiu bastante. não sei falar nenhum número exato, mas que é verdade, é. e dentro dessa democratização tecnológica, um aspecto que eu gosto de observar é a produção de vídeos. qualquer pessoa com uma câmera digital ou celular bacana pode baixar um programinha de edição e se aventurar no mundo audiovisual. exemplo maior é o nosso já criticado you tube. é vídeo que não acaba mais. isso tá rolando em vários níveis, e tem até produtora grande abrindo micro-filial com orçamentos e custos reduzidos só pra não perder a fatia de mercado que tava sendo abocanhada por produtores amadores. de certa forma, essa democratização é super postivia. com ela, o contato com os meios de realização é bem menos distante e utópico, e se dá em praticamente qualquer esquina. e sem ela, eu nunca teria minha própria câmera, por exemplo. mas igual o automóvel, o cinema e qualquer outro novo fenômeno social, agente precisa ter algumas ressalvas quanto à isso. quatro delas:


1 -

2 -

3 -

4 -

eu sei q o último é pré-democracia. mas é tosco demais pra ficar de fora.

15 de março de 2008

muska.

quando eu tinha quatro anos, eu cantava por cima do vinil do triumvirat. quando eu tinha seis anos, eu imporava pro meu pai colocar a fitinha do genesis no carro. quando eu tinha sete anos, mamãe me colocou na aula de piano. quando eu tinha dez anos, papai me ensinou se a perpétua cheirasse no violão. quando eu tinha doze anos, mamãe me colocou na aula de guitarra. quando eu tinha treze anos, eu entrei sem ser convidado na minha primeira banda, e agente gostava muito de guns n' roses e de ramones. quando eu tinha quinze anos, eu entrei na aula de canto e montei uma banda de punk, e agente adorava blind pigs, street buldogs e outras bandas brasileiras com nome de bicho. quando eu tinha dezessete anos, eu entrei numa banda de jazz, e tinha saxofone e piano e era lindo. quando eu tinha dezoito anos, eu entrei na aula de violão clássico e foi cansativo, mas aprendi bastante. quando eu tinha dezenove anos, eu montei uma banda pra tocar músicas próprias com um amigo meu, e ela dura até hoje, e agente já tem umas 14 músicas não terminadas, não temos baterista e ensaiamos numa frequência de 3 ensaios por ano. quando eu ainda tinha dezenove anos, eu entrei na faculdade e inventei que tocava bateria pra entrar na turminha dos músicos, e agente montou uma banda do poder pra tocar led zeppelin. hoje em dia eu tenho vinte e dois anos, esqueci como que toca piano, estou esquecendo como tocar guitarra e continuo fingindo que toco bateria. mas gosto muito de ouvir música. as quatro bandas que eu mais tenho ouvido nesses dias:

1 - medeski, martin & wood. tem gente q chama de acid jazz. eu chamo de paraíso. absolutamente fodástico.

2 - soulive. jazz bacana, com bons teclados, bem funkeado. coisa de negão.

3 - juliette & the licks. da juliette lewis, a mallory knox do assassinos por natureza. som muito bom, muito surpreendente, muito criativo.

4 - fantomas. projeto que o mike patton do faith no more inventou pra ele poder pirar na batatinha. estranho no começo, mas depois fica muito bom.