marte ataca.

esses dias na hora do almoço me deu uma saudade enorme da gerais fm. pra quem não se lembra, a gerais era uma rádio do poder, que tocava jazz de meio dia às duas e rock bom o dia inteiro. aí veio a putaria das concessões que não respeitam a constituição (viva seu frank) e deu o 91,7 pra mix de cu é rola. 

anyway, na gerais tinha um programa chamado alto-falante, que hoje ainda sobrevive na tv cultura. o programa tinha muita coisa alt-neo-cult, mas o importante é que eles falavam coisas interessantes sobre rock. e o mais legal de tudo era a música de abertura. "pãpãpãpãpã... páá... pãpãpãpãpã.. páá..."

onomatopéias à parte, fui pesquisar pra descobrir que o nome da música era one armed scissor, de uma banda chamada at the drive in. ouvi muita coisa deles e pesquisei mais um pouco, pra descobrir que os donos da banda eram o vocalista e o guitarrista de nomes estranhos, e que eles tinham saído da banda pra formar uma outra de nome estranho também. daí o nome do post.

the mars volta é uma banda que transita entre um estilo que eu não sei dar nome e um outro que eu não sei se existe. à primeira ouvida o som incomoda, mas chama a atenção. e depois de umas quatro vezes, você descobre que eles são do capeta e tem muito a manha. o baterista destrói, os caras das guitarras fazem umas maluquices atonais do poder e o vocalista dá uns agudos cabulosos antes de sequer pensar em passar pra falsete. muito bom. de verdade. e melhor ainda quando você descobre que eles tão em forma demais pra sair de um jejum de dois anos e lançar um cêdê novo que dá gosto de ouvir. 

recomendo:

1 - De-Loused in the Comatorium (2003)

2 - Frances the Mute (2005)

3 - Amputechture (2006)

4 - The Bedlam in Goliath (2008)

internet.

produtoras de vídeo têm rotinas estranhas. você pode passar quatro dias inteiros sem almoço, sem banho e com pequenas pausas de quatro minutos para lanches e necessidades fisiológicas pra atender o pedido de um chefão da tim, por exemplo. mas também pode passar uma semana inteira sem precisar abrir sequer um programa de edição. e nessas semanas, minha maior distração tem sido achar coisas legais na internet. já descobri várias coisas interessantes, e selecionei quatro delas pra indicar aqui.

1 - del.icio.us - site de bookmarks online. o melhor é poder ver os bookmarks de pessoas que têm interesses semelhantes aos seus. muito bom, e responsável por quarenta por cento da distração que eu tenho quando estou na frente do computador.

2 - imdb - com os devidos créditos ao meu amigo bruno barroso. site com tudo sobre cinema e vídeo. e não subestime o "tudo" da última frase. responsável por mais quarenta por cento da minha diversão internética.

3 - stage6 - you tube dos deuses. ainda não tem muita coisa disponível, mas dá pra fazer download de tudo. e a melhor parte fica pro final: a resolução dos vídeos é de setecentos e vinte por quatrocentos e oitenta pra cima, com picos em mil novecentos e vinte por mil e oitenta (que, by the way, é resolução de tv digital). a do you tube é de trezentos e vinte por duzentos e quarenta.

4 - skreemr - seu iTunes tem poucas músicas? você nunca apertou jota no winamp porque consegue ver todas as músicas de sua playlist sem barra de rolagem? seus problemas acabaram. mptrês online de tudo que você conseguir imaginar.

e dá-lhe ociosidade.

ready, fight.

eu não vi clube da luta ontem, mas já vi umas douze vezes. e gostei do post do two n'aquelesdouze. então vai lá. quatro celebridades e/ou figuras históricas com quem eu gostaria de lutar:

1 - Yoko Ono.

2 - A mulher do Jack Nicholson no Iluminado. Redrum.

3 - Steven Spielberg.

4 - Gandhi. Copiado, mas a melhor resposta possível.

difícil pra caralho.

grammy winehouse.

na primeira vez que ouvi rehab no rádio, tinha certeza que aquilo era voz de negona. não era. mas não teve problema, porque ela foi reponsável pela melhor surpresa musical que tive nos últimos tempos. fiquei realmente impressionado com a qualidade das músicas e da voz daquela branquela magrela maluca tatuada. realmente completa. com direito a madrugadas bêbadas cheias de esparro. não por acaso ela ganhou tudo que dava ontem. só não vou contar o que porque foram cinco.

contagiante.

soltador de papagaios. (spoiler)

já tinha lido o livro e não tinha gostado. por quê? o trunfo maior de demostração da cultura afegã me pareceu fraco. e depois que o hassan perde a pureza e o amir agha vai pra terra da liberdade, o livro não teve elementos suficientemente dramáticos pra me segurar com tesão até o final. e como se não bastasse, esse tal final que atingi relutante teve surpresas que me pareceram forçadas. irmão bastardo? blé. tali(e?)bã pedófilo vingativo? blé. transforme isso num roteiro, junte com uma trilha sonora péssima e um ator que fica com umas expressões meio alegres depois de perder as pregas, e o resultado dificilmente vai ser satisfatório. salvo pela direção de arte, pela fotografia e pelo ritmo do marc forster. mas melhor mesmo é ver em busca da terra do nunca e mais estranho que a ficção.

surpresa dois.

por anos resisti aos carnavais mineiros. rock e cinema em belo horizonte sempre me pareceu mais interessante. parece até hoje. mas companhia significa muito mais. e pra quê belo horizonte, se eu posso rir demais em diamantina?

quatro velocidades do hit do meu carnaval:

1 - crééééééu...
2 - créu... créu...
3 - créu, créu, créu, créu
4 - créucréucréucréucréucréucréucréu

sorte que a quinta não dá pra escrever.